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Saúde: O AVC é a maior causa de mortalidade no Brasil

Saúde: O AVC é a maior causa de mortalidade no Brasil

01/11/2022 às 15h23 Atualizada em 01/11/2022 às 18h23
Por: Ricardo de Freitas
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O Dia Mundial do AVC (Acidente Vascular Cerebral) que foi celebrado no dia (29/10), tem a finalidade de conscientizar as pessoas sobre a necessidade de identificação rápida dos sinais do problema e a prevenção da doença que mais mata no Brasil. Esse ano a campanha se inicia com o racional de #tempoprecioso, reforçando a importância do rápido atendimento em casos de AVC.

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“Quanto menor o tempo e mais rápido o tratamento for oferecido maiores as chances de o paciente sair sem sequelas”, explica a Dra. Letícia Rebello, neurologista do Hospital Brasília, que pertence à Dasa, a maior rede de saúde integrado do Brasil.

A doença já matou neste ano, de 1º de janeiro até 13 de outubro, 87.518 brasileiros, de acordo com dados do portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela ARPEN Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). O número equivale a média de 12 óbitos por hora ou 307 vítimas fatais por dia e faz do AVC a principal causa de morte no país.

A doença é mais comum entre adultos, porém, os casos em jovens e pessoas de meia-idade tem crescido nas últimas décadas, o que desperta um alerta em relação à sua saúde cardiovascular. “A maioria dos casos de AVC pode ser evitada ao controlar alguns fatores de risco, mas atualmente, existe um aumento de casos de obesidade, diabetes e hipertensão em jovens e essas doenças estão diretamente relacionadas ao AVC. Há, também, fatores como má alimentação e sedentarismo, que aumentam o risco. O tabagismo, uso excessivo de álcool e colesterol elevado são ainda fatores de risco do AVC,” destaca a médica.

De acordo com a neurologista, o diagnóstico do AVC é feito por meio dos sinais e sintomas, por isso é muito importante aprender a reconhecê-los e buscar ajuda médica imediatamente caso um deles esteja presente. Entre eles estão: boca torta ao sorrir; perda de força ou sensibilidade em um dos lados do corpo, seja o direito ou o esquerdo; e dificuldade de falar e de entender o que os outros falam.

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“O que é importante lembrar é que os sinais do AVC começam de uma hora para a outra, sem aviso prévio. Na ocorrência de qualquer um deles, a pessoa deve ir até um hospital imediatamente. ‘Tempo é precioso’ é a nossa máxima para essa doença”, enfatiza a especialista.

Pionerismo Tele Stroke

Pensando nisso, o Hospital Brasília e o Hospital Brasília Unidade Águas Claras, ambos pertencentes à Dasa, traz para os hospitais uma inovação tecnológica que permite o acompanhamento 24 horas e em tempo real por neurologistas em atendimentos de emergência no pronto-socorro.

Nomeado de Tele Stroke (stroke significa AVC, em inglês), o projeto é um serviço de telemedicina que consegue viabilizar, por meio de um aplicativo e câmera de alta resolução – pelo computador, celular ou tablet -, o atendimento de um neurologista, em uma central, com apoio remoto no atendimento, a qualquer hora. Por solicitação de um médico plantonista treinado, os especialistas conseguem avaliar o paciente, de forma ágil e eficiente, e fornecer subsídios ao médico que está no atendimento de emergência para garantir sempre o melhor tratamento aos pacientes.

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Diagnóstico

Os radiologistas têm um papel fundamental na identificação do AVC isquêmico em adultos jovens. Isso porque o diagnóstico pode ser feito por meio da análise de exames de imagem para que seja aplicada a melhor terapia para cada caso. A neurorradiologista do Exame Medicina Diagnóstica, que também pertence à Dasa, Niedja Tsuno, explica que, em um cenário com a presença de sintomas iniciais, tanto a tomografia computadorizada tomografia quanto a ressonância magnética são importantes.

“Esses exames identificam se há hemorragia intracraniana, caracterizam os sinais precoces e a extensão da isquemia cerebral. A tomografia é geralmente mais utilizada porque é um método mais rápido e disponível. A ressonância desempenha um papel importante em casos de AVC com sintomas que iniciaram entre seis e 24 horas, com o uso de imagens avançadas capazes de identificar se há tecido cerebral viável que pode ser salvo com o tratamento”, explica.

Segundo ela, outro exame utilizado é a angiotomografia computadorizada (angioTC), que é também uma tomografia com uso de contraste venoso, que permite analisar as artérias do paciente. “É um exame recomendado no contexto de AVC isquêmico agudo, pois pode confirmar o ponto da obstrução arterial. A angioTC também pode demonstrar as paredes dos vasos das artérias maiores no pescoço, identificando casos de dissecção arterial, causa mais frequente de AVC nessa população mais jovem”, finaliza.

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