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Araguari na mira contra lavagem de dinheiro do Comando Vermelho

Araguari na mira contra lavagem de dinheiro do Comando Vermelho

01/04/2022 às 14h43 Atualizada em 01/04/2022 às 17h43
Por: Ricardo de Freitas
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Araguari foi a única cidade de Minas Gerais a participar do esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.

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A Polícia Civil de Araguari e o Ministério Público iniciaram na quarta-feira (23), o cumprimento de mandados da Operação “Mercador de Ilusões”, em Araguari, nos bairros Interlagos e SantiagoA operação foi desencadeada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro que atua contra lavagem de dinheiro do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do estado.

Segundo as investigações, o esquema do tráfico de drogas movimentou R$ 3 bilhões entre 2019 e 2021. A operação conta com ações em nove estados e no Distrito Federal. 

Durante a operação, os agentes saíram para cumprir seis mandados de prisão e 40 de busca e apreensão no Brasil e dois mandados na Argentina. A 1ª Vara Especializada do Crime Organizado do RJ também determinou o bloqueio de R$ 681 milhões nas contas dos suspeitos e o arresto de bens.

A Operação "Mercador de Ilusões" é uma parceria do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e as polícias civis do Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais (Araguari), Amapá, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

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Chefes foragidos

Os chefes do esquema têm uma vida de luxo em Buenos Aires — e eram procurados na Argentina até a última atualização desta reportagem. Marcelo Cleiton Alves Diniz e Nally Pires Diniz fizeram viagens e compraram uma mansão em solo portenho. 

Segundo a Polícia Civil, o esquema é utilizado por Antônio Ilário Ferreira, conhecido como Rabicó, para ocultar o dinheiro arrecadado com a venda de drogas e para comprar armas e entorpecentes. Para realizar tal ação, Rabicó utilizava o método smurfing, que consiste em depósitos de grandes quantias de forma fracionada.

O Ministério Público também apurou que empresas lavam dinheiro por meio de criptomoedas, "o que dificulta o rastreio das transações e favorece a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas".

De acordo com as investigações, dois depósitos bancários feitos em favor de duas empresas em outubro de 2019, nos valores de R$ 30 mil e R$ 23.700, vieram da Comunidade do Brejal, situada no Complexo do Salgueiro, que é dominada pelo CV e chefiada por Rabicó.

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Esses depósitos seriam feitos em contas de laranjas, pessoas que moram em regiões de fronteira e figuram como sócios ou procuradores de empresas que não ostentam qualquer traço empresarial relevante, "mas mesmo assim têm movimentações de quantias milionárias, indicando toda uma cadeia fraudulenta de lavagem de capitais".

Até o momento, três pessoas foram presas, a Polícia Civil de Araguari ainda não informou o balanço da operação no município. 

Fonte: https://regionalzao.com.br/

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