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Fake News: Na dúvida não compartilhe

Fake News: Na dúvida não compartilhe

29/10/2020 às 10h02 Atualizada em 29/10/2020 às 13h02
Por: Esther Vasconcelos
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Na dúvida não compartilhe. Esta tem sido a ideia chave difundida cada vez mais em aplicativos de conversas e redes sociais, no entanto, ainda parece pouco adotada.

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O advogado Sergio Vieira, Sócio Diretor da Nelson Wilians Advogados Associados, destaca que a melhor forma de combater a desinformação é quebrando a corrente de propagação das notícias falsas, ou seja, está nas mãos do usuário.

“ O cidadão pode combater a propagação de Fake News com medidas simples, basta checar a veracidade e não compartilhar”.

O advogado explica que há diversas formas, dentre elas: desconfiar de manchetes sensacionalistas, verificar se a mensagem contém erros de português, se atentar à data da notícia enviada, pesquisar no Google se a notícia foi publicada em outros sites e checar em sites confiáveis a origem da informação recebida.

“Não basta uma lei se não houver ações efetivas no dia a dia e denúncias”, explica Vieira. A Lei Federal n°13.834/19, que prevê pena de dois a oito anos de prisão, além de multa, para quem fizer denúncia falsa com finalidade eleitoral, pune apenas fake news relacionadas às eleições. Portanto, todas as demais ficam em um limbo.

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As notícias falsas surgem sob diversos disfarces. São áudios de whatsapp com supostas denúncias, fotos manipuladas ou fora de contexto, textos inverídicos sob o formato de notícias e várias outras formas de difundir mentiras.

O problema cresceu neste ano em função da pandemia do coronavírus, com informações falsas que apenas alimentam teorias da conspiração e propagam desinformação, além de, muitas vezes, aumentarem preconceitos.

Nas eleições, o problema tende a se agravar. “Com a pandemia, a campanha eleitoral tende a ser ainda mais virtual, o que contribui para a propagação de notícias falsas e a desinformação. Lamentavelmente, não evoluímos muito no combate às Fake News desde a última eleição em 2018”, afirma.

A desinformação é a arma de diversos líderes políticos não apenas no Brasil. Esta estratégia, apesar de antiética, é eficiente para candidatos menos preparados ou com valores morais duvidosos.

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“Um grande componente da retórica política nacional vem sendo a desinformação. As Fake News têm tido um papel muito importante nas campanhas eleitorais, pois os candidatos as utilizam para atacar, diminuir e desqualificar aqueles que consideram seus adversários.

Algumas vezes também são utilizadas para propagar supostas vantagens e pontos positivos de seu programa político”, alerta Sergio Vieira.

Como saber se a informação é segura? Algumas dicas são buscar dados em sites confiáveis, como portais governamentais.

Pesquisar também se a informação está em sites de notícia verdadeiros, uma maneira é digitar o título da matéria no buscador.

Diversos veículos de imprensa vêm combatendo fake news e criaram seções específicas sobre o tema, que se tornaram locais confiáveis para saber se a informação é verdadeira ou falsa.

“O eleitor que suspeitar de alguma Fake News relacionada à campanha eleitoral, em qualquer lugar do país, pode fazer a denúncia às autoridades”, destaca.

Os canais que recebem estas denúncias são o Pardal, aplicativo do tribunal Superior Eleitoral,  o Ministério Público Eleitoral (MPE) e as Ouvidorias da Justiça Eleitoral.

Por Sergio Vieira, advogado

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