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O salário atualmente no valor de R$ 1.212 não tem proporcionado ao brasileiro comprar todos os produtos da cesta básica. Os constantes aumentos dos preços dos alimentos e a inflação ajudaram para esse cenário.
No final deste ano acontecerá o reajuste do salário mínimo que passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2023. A equipe econômica já trabalha com uma estimativa que deverá elevar o salário de R$ 1.212 para R$ 1.334,65.
Na terça-feira, 9 de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou novos dados, após a alta recorrente na inflação deste ano. Segundo o Instituto houve no mês de julho uma deflação de preços de 0,60% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
É justamente o INPC que o governo usa como base para reajustar o salário mínimo e não o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice mais conhecido dos brasileiros.
Até agora, o INPC acumula uma alta de 4,98%,, no entanto, se houver uma análise dos últimos 12 meses (julho de 2021 a julho de 2022) o índice ainda passa dos 10%. A deflação de julho é resultado da baixa do preço dos combustíveis e da energia elétrica, após o corte do ICMS nos estados.
A Comissão Mista de Orçamento no Senado Federal aprovou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2023. E também definiu o valor do salário mínimo para 2023 no valor de R$ 1.294,00. Isso significa que estão levando em conta a inflação de 6,7% do INPC para 2022, estimada pelo governo. Desta forma, o salário teria um aumento de R$ 81,20 em relação ao valor do salário mínimo atual (R$ 1.212).
Porém, os dados do acumulado nos últimos 12 meses (julho de 2021 a julho de 2022) o INPC soma 10,12%. Permanecendo esse índice até o final de 2022 e sendo aplicado, o salário mínimo passaria de R$ 1.212 para R$ 1.334,65.
O novo salário mínimo só será definido na última semana de dezembro, levando em conta os dados oficiais do IBGE sobre a inflação do ano anterior. Segundo o governo, o reajuste para o ano que vem, apenas irá repor o INPC, sem ganho real para os trabalhadores.
O piso nacional é seguido pelos 26 estados do país e o Distrito Federal como base para pagamentos de trabalhadores e servidores. No entanto, 5 estados praticam seus próprios valores de salário mínimo (o mínimo regional).
Os estados em que o salário é maior que o piso nacional são:
Veja como estão os valores nestes estados em 2022:
Paraná: o Estado do Paraná se orgulha em ter um dos maiores pisos regionais do país. Por lá, o valor atual está em R$ 1.616,48.
O Rio de Janeiro tem as faixas de rendimento que vão de R$ 1.238,11 na primeira até R$ 3.158,96 na 6ª faixa. As faixas envolvem também vários cargos e ramos de atividades diferentes.
Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, o piso regional está em R$ 1.305,56 e as faixas vão até R$ 1.654.
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