Os fundos de venture capital aportaram US$ 210 milhões em startups brasileiras no último mês segundo o Inside Venture Capital Brasil, levantamento mensal realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da empresa de inovação aberta Distrito.
O volume foi distribuído em um total de 35 rodadas.
O acumulado do ano já soma US$ 2,87 bilhões e 426 aportes – montante é superior ao realizado nos onze primeiros meses de 2019, quando ocorreram 356 rodadas, em um total de US$ 2,78.
Ao longo de todo o ano de 2019 foram investidos US$ 2,96 bilhões, volume apenas 4% superior ao aportado entre janeiro e novembro de 2020.
Em número de rodadas, no entanto, o cenário é o melhor de toda a história.
Mesmo a um mês do encerramento no ano, os mais de 420 aportes superam os 397 realizados no ano passado.
Apesar do bom desempenho do mercado de venture capital até aqui, o mês de novembro, isoladamente, apresentou um desempenho inferior ao mesmo período dos anos anteriores.
Em novembro de 2018, foram US$ 584 milhões; em 2019, US$ 355 milhões.
“Isto não é motivo para acreditarmos no desaquecimento do mercado, muito pelo contrário.
O fato do montante investido em novembro ser inferior ao mesmo mês dos últimos anos pode ser explicado pela alta concentração de investimentos que tivemos nos meses de setembro e outubro deste ano.
Ao todo foram US$ 1.2 bilhão investido nestes dois meses, por meio de 89 rodadas de investimento”, comenta Tiago Ávila, líder do Distrito Dataminer.
"Estamos próximos do volume captado no ano passado e muito provavelmente teremos em 2020 a maior captação do mercado de capital de risco brasileiro", completa.
Entre os principais investimentos realizados ao longo de novembro estão o aporte de US$ 102 milhões na fintech Neologia, em rodada de Private Equity feita por Crescera e Vulcan Capital; e o de US$ 57,6 milhões na retailtech Olist, em uma rodada Series D liderada pelo fundo japonês Softbank – que já havia investido US$ 45,8 milhões na empresa no final do ano passado.
Já entre as rodadas em estágios iniciais, destaque para o investimento de US$ 5 milhões na fintech Facio e outro de valor não divulgado à operadora digital Fluke.
Ao todo, 143 fusões e aquisições de startups foram realizadas ao longo dos últimos onze meses, o que reforça o ano de 2020 como o maior em número de movimentações deste tipo no mercado brasileiro.
O volume já é mais do que o dobro do realizado em 2019, quando ocorreram 63 aquisições.
Até agora, os setores de fintechs, adtechs e retailtechs foram os que mais atraíram interesse de grandes companhias em 2020.
Em cada um deles, foram adquiridas 20, 19 e 17 startups, respectivamente.
Dados são do Inside Venture Capital Brasil, levantamento mensal realizado pelo Distrito Dataminer.
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