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Covid-19: 20% de doses de Vacinas é destina à categoria de Bancários e Correios

Covid-19: 20% de doses de Vacinas é destina à categoria de Bancários e Correios

16/07/2021 às 13h57 Atualizada em 16/07/2021 às 16h57
Por: Leonardo Grandchamp
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Decreto 10.329/2020 considerou serviços bancários como uma das atividades essenciais ao país. Empregados da Caixa reivindicam imunização desde início da pandemia e continuam na linha de frente do atendimento a milhões de beneficiários do auxílio emergencial. Estudo feito pelo Dieese a pedido da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) revelou que mortes entre trabalhadores do banco público mais que triplicaram no período da pandemia. Em pouco mais de um ano, 108 bancários da Caixa perderam a vida

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Um percentual de 20% do total das doses de vacinas contra a covid-19 está oficialmente destinado aos bancários e empregados dos Correios: trabalhadores de setores essenciais ao país. A medida foi confirmada pelo Ministério da Saúde por meio de nota técnica publicada nesta quarta-feira (14) incluindo a categoria bancária no grupo prioritário da vacinação.

Com a inclusão dos bancários no Plano Nacional de Imunização (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS) — reivindicada, desde o início da pandemia, pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e outras entidades sindicais — estados e municípios podem iniciar a imunização destes trabalhadores.

“Sabemos o quanto é importante a vacinação dos bancários da Caixa, que desde o início da pandemia se mostram essenciais no pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais para milhões de brasileiros", destaca o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “Com os empregados vacinados, também diminuem os riscos de contaminação da população que precisa de atendimento nas agências do banco", acrescenta.

A nota técnica do Ministério da Saúde é resultado de diferentes ações dos representantes dos bancários e dos trabalhadores dos Correios junto ao governo federal. No início deste mês, durante reunião com entidades sindicais, o ministro Marcelo Queiroga confirmou a categoria como prioritária na vacinação. Só este ano, a Fenae enviou dois ofícios à Pasta solicitando a inclusão dos trabalhadores da Caixa no grupo prioritário. 

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Brasília: Prédio da Caixa Econômica Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Fenae e o movimento sindical também atuaram junto ao Legislativo federal em defesa da vacinação dos bancários. No último mês de junho, a Federação e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) encaminharam ofício ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O documento pedia celeridade na votação do projeto de lei que incluiu os bancários no grupo prioritário para a vacinação contra a covid-19 pelo PNI.

A inclusão dos empregados da Caixa e de outros bancos no grupo prioritário foi aprovada pela Câmara dos Deputados, dia 18 de junho, por meio de emenda e destaque ao Projeto de Lei 1.011/2020. Como lembra a Fenae, o Decreto 10.329, de abril do ano passado, considerou os serviços bancários como uma das atividades essenciais ao país.

As entidades sindicais vêm alertando que incluir a categoria entre o público prioritário na vacinação contra a covid-19 contribuirá para o controle da disseminação do novo coronavírus, dado o atendimento ocorrer em ambiente fechado e haver frequente contato com cédulas, além de documentos e caixas eletrônicos manipulados por diversas pessoas. “É preciso que o público que frequenta as agências bancárias encontre o ambiente mais protegido possível”, ressalta Sergio Takemoto.

MORTES — A Fenae observa que estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), a pedido da Federação, revelou que número de mortes de empregados da Caixa mais que triplicou: percentual de aumento de óbitos chega a 253% quando comparados os primeiros quadrimestres de 2020 e 2021. Embora o levantamento não atribua as mortes à contaminação pelo novo coronavírus, a quantidade de óbitos de trabalhadores da estatal cresceu exponencialmente durante a pandemia: foram 46 falecimentos nos primeiros quatro meses deste ano contra 13 no mesmo período de 2020.

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De janeiro do ano passado a abril deste ano, um total de 108 bancários da Caixa Econômica perderam a vida. O estudo do Dieese mostrou também que o maior pico de mortes de empregados do banco público ocorreu no último mês de abril: 16 óbitos.

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