19°C 30°C
Uberlândia, MG

Estudo feito por banco mostra que 1,2% das contas inativas do FGTS tem 50% do saldo

Estudo feito por banco mostra que 1,2% das contas inativas do FGTS tem 50% do saldo

31/01/2017 às 10h12 Atualizada em 31/01/2017 às 12h12
Por: Ricardo
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Com base em dados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros indicadores econômicos, estudo feito pelo banco Santander estima que apenas 1,2% das contas inativas do FGTS – cerca de 100 mil cotistas – têm saldo superior a R$ 17,6 mil que, somados, respondem pela grande parcela de R$ 20 bilhões depositados. O montante é praticamente a metade de todo o saldo inativo do Fundo, que soma R$ 41,4 bilhões. Ao mesmo tempo, outros 94% dos cotistas têm saldo entre zero e R$ 3,5 mil. Somado, esse grupo majoritário em número de trabalhadores responde pela parcela minoritária de 17% dos depósitos. Essa grande concentração de recursos na mão de poucos trabalhadores limita o impacto da liberação dos recursos sobre a demanda e o pagamento de dívidas, diz o banco espanhol: “Essa distribuição é ainda mais heterogênea que a observada na renda real. Em 2015, 1% do topo recebeu cerca de 10% do rendimento total do trabalho, Previdência e transferências sociais.”. Para o Santander, o grupo de trabalhadores mais rico que possui metade do fundo não deve usar o dinheiro majoritariamente no consumo. “Eles parecem menos inclinados a usar os recursos seja para consumo ou redução da dívida. Ao invés disso, parece mais provável que simplesmente direcionem esses recursos para opções mais vantajosas de investimento”, dizem os analistas do banco. Dívidas O uso do dinheiro das contas inativas do FGTS para pagar dívidas deverá ter efeito “desprezível” sobre o comprometimento da renda e inadimplência. A previsão é do banco Santander. Mesmo na hipótese altamente improvável de que todos os recursos sejam destinados ao pagamento de dívidas, o impacto seria “limitado”. Um das razões é a concentração do saldo das contas na mão de poucos trabalhadores: 1% tem praticamente 50% do que será liberado. A concentração limita o impacto sobre demanda e endividamento, cita o banco. Além de avaliar o impacto sobre o consumo, a equipe de economistas do Santander também projeto o impacto da liberação de R$ 41,4 bilhões das contas inativas do FGTS sobre o endividamento das famílias. No caso extremo e improvável em que trabalhadores usassem todo o dinheiro inativo para quitar dívidas, o comprometimento da renda das famílias cairia até 0,60 ponto porcentual e a inadimplência diminuiria até 0,15 ponto. “Dado que o efeito máximo é tão limitado, o impacto efetivo seria bem pequeno e definitivamente não mudaria o cenário”, dizem os analistas do Santander liderados pela economista Adriana Dupita. Para o banco espanhol, o possível impacto do uso do FGTS para quitar dívidas é “desprezível”. “Mesmo com a premissa extrema, o efeito máximo ficaria longe de ser considerado significativo”, dizem os analistas. Nesse cenário improvável, o comprometimento da renda das famílias com dívidas cairia de 22,2% em novembro para algo próximo de 21,6%. Já a inadimplência cairia do patamar de 4,1% para 3,95%.   Estadão
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
28°
Parcialmente nublado

Mín. 19° Máx. 30°

28° Sensação
4.12km/h Vento
47% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h26 Nascer do sol
05h55 Pôr do sol
Sáb 29° 19°
Dom 30° 19°
Seg 31° 21°
Ter 30° 18°
Qua 30° 18°
Atualizado às 13h07
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,11 -0,91%
Euro
R$ 5,47 -1,20%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,92%
Bitcoin
R$ 346,751,32 -1,58%
Ibovespa
126,620,69 pts 1.58%
Publicidade
Publicidade