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INSS: Beneficiário precisa devolver dinheiro da desaposentação?

INSS: Beneficiário precisa devolver dinheiro da desaposentação?

30/03/2019 às 12h19 Atualizada em 30/03/2019 às 15h19
Por: Ricardo de Freitas
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Em 2016, o Superior Tribunal Federal (STF) julgou que a prática de 'desaposentação' é ilegal, levando os tribunais do País a redefinirem seus julgamentos sobre o tema. Nesta quarta-feira, 27, foi a vez de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) seguir as instruções da Corte máxima do País.

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Uma das principais disputas em torno do tema, no entanto, continua em aberto. Segundo especialistas, ainda não há clareza se a União pode ou não pedir de volta o dinheiro concedido em aumentos.

A legislação atual prevê que aposentados que trabalham continuam a ter contribuições descontadas do salário. Na desaposentação, esses trabalhadores pedem o aumento do valor do benefício, com base nas contribuições 'extras' feitas ao INSS.

O argumento para a extinção desse sistema defende que ainda é preciso fixar critérios para que os benefícios sejam recalculados. Segundo especialistas, o peso fiscal da prática pesou no julgamento: a Advocacia-Geral da União (AGU) estimava que um eventual reconhecimento ao direito de desaposentação traria um impacto anual da ordem de R$ 182 bilhões em 30 anos. "Houve um entendimento em que predominou o viés econômico do custo da aposentação", explica o professor da FGV Jorge Boucinhas.

Sobre os benefícios já pagos, ele reconhece que há a possibilidade de se estabelecer o ressarcimento à União, embora julgue a medida improvável. Para Vitor Botti, da Glomb Advogados, o assunto deve ser alvo de novo debate nas instâncias superiores. "Se havia uma dúvida razoável sobre a existência do instituto (da desaposentação), o ressarcimento não seria obrigatório", avalia.

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O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, João Inocentini, afirma que há diversos processos assim contra aposentados, mas que a entidade vai brigar na Justiça contra a devolução dos aumentos. "A Justiça não pode retirar o ganho de causa que ela mesma deu", diz.

Outro ponto que provoca reclamações é a obrigatoriedade do recolhimento do INSS, mesmo depois da aposentadoria. Segundo Botti, essa questão está clara nas regras atuais. "O posicionamento majoritário dos tribunais é o desconto sobre o salário é lícito, devido ao princípio de solidariedade (da Previdência)".

Esse é o mesmo entendimento da advogada Roberta Guarino Vieira, do escritório Braga Nascimento e Zílio. "O aposentado pelo RGPS que continuar ou voltar a exercer qualquer atividade abrangida por esse regime fica sujeito às contribuições previdenciárias como qualquer outro trabalhador não aposentado".

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Com Portal Terra

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