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O Brasil é um país preparado para lidar com home office

O Brasil é um país preparado para lidar com home office

01/06/2020 às 16h31 Atualizada em 01/06/2020 às 19h31
Por: Sarah Steffany
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Muito tem se falado sobre as dificuldades estruturais que as empresas brasileiras estão encontrando para gerenciar grandes contingentes de funcionários em home office.

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Em um período de dois meses, elas precisaram adequar quase todos os seus processos habituais a uma nova forma de interação -- a digital, que antes era restrita a poucas atividades, como reuniões com clientes ou parceiros no exterior.

Uma pesquisa da empresa de monitoramento de mercado Hibou em parceria com a plataforma de dados Indico feita no final de março mostrava que quase 60% da força de trabalho brasileira estava em home office.

Nesse número, segundo o estudo, estão muitos funcionários de empresas privadas, microempreendedores e até informais.

Vão de trabalhadores qualificados, como designers e comunicadores, até manicures que, na crise, atendem em horários específicos na própria casa em que vivem.

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Todo mundo ligado por ferramentas digitais que vão da complexidade de softwares privados até o WhatsApp.

Por outro lado, a pesquisa mostra que as empresas públicas estão encontrando dificuldades para colocar os servidores em home office -- o que é óbvio, já que é de conhecimento comum que, nelas, as tecnologias tardam em chegar.

Muitas organizações privadas, ao contrário, já contam com ao menos uma ferramenta digital -- e grande parte delas já estava se transformando digitalmente até o início da crise.

Isso tudo mostra que a conexão brasileira, apesar de não poder ser comparada à americana, consegue suportar um aumento exponencial de demanda.

Esse era, inclusive, um dos mitos sobre o home office no nosso país que servia como álibi para que ele não fosse implementado.

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Mais do que isso, revela que as empresas do país têm condições de -- fazendo suas transformações digitais -- manterem os esquema de trabalho remoto mesmo no mundo pós-pandêmico.

Essa posição da nossa estrutura é mais bem visualizada quando a comparamos com os vizinhos latino-americanos: nos últimos dias, temos encontrado graves dificuldades de conexão quando precisamos nos comunicar com alguém no Peru ou no Equador, por exemplo -- países em que a Apdata está presente.

Em março do ano passado, a principal operadora de telefonia do Equador anunciava, com louros, que estava colocando 800 pessoas uma vez por semana em home office.

O "El Comercio", um dos principais veículos de imprensa do país, precisava explicar aos leitores o que significa "teletrabalho".

Agora, em meio à crise, os problemas de conexão impedem que boa parte das empresas sigam operando: o Instituto Nacional de Estadística y Censos (INEC) publicou no final de março que apenas 8% dos trabalhadores com renda igual ou superior ao salário mínimo nacional estavam conseguindo ficar em home office, enquanto a Asociación de Empresas Proveedoras de Servicios de Internet (Aeprovi) já afirmou que o aumento na demanda por Internet no país é de 25%, enquanto a rede está em vias de saturar.

No Peru, uma das maiores empresas de tecnologia do país sentenciou em um artigo na revista de negócios "Gestión": não estamos preparados para o teletrabalho.

O texto cita uma pesquisa da consultoria Mercer Mash que mostra que apenas 22% das empresas peruanas têm condições de colocar seus funcionários em home office.

Sem contar o fato do Ministério do Trabalho ter elaborado um guia de trabalho para as organizações às pressas.

Não é diferente mesmo em países mais desenvolvidos da região, como a Argentina e o Chile: no primeiro, 75% são pequenas e médias empresas que, segundo o jornal "La Nación", não estavam prontas para o home office porque ainda funcionam quase totalmente no analógico.

Os problemas só não são maiores porque há um consenso que a estrutura de acesso à web é boa. A situação é semelhante entre as empresas chilenas.

Essa é uma oportunidade para que as organizações latino-americanas entendam a importância de se transformarem em direção ao digital e, no caso do Brasil, de expandir uma tendência que, até o início da pandemia, já era significativa.

Sobre a Apdata, fundada no Brasil em 1984, a Apdata é uma das mais inovadoras empresas de RH do mundo.

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