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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (11) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, apresentou uma desaceleração em março, registrando uma alta de 0,71% em comparação com a alta de 0,84% em fevereiro.
Os dados divulgados ficaram abaixo do consenso Refinitiv, que previa uma inflação de 0,77% no mês e de 4,70% na comparação anual.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses no país atingiu 4,65%, o que representa o valor mais baixo desde janeiro de 2021.
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Entre os grupos pesquisados, o destaque foi o grupo de Transportes, que teve a maior variação (2,11%) e maior impacto (0,43 ponto porcentual) no índice de março.
Em seguida, vieram os grupos de Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e Habitação (0,57%), que desaceleraram em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente.
O grupo de Artigos de residência (-0,27%), que havia apresentado uma alta de 0,11% em fevereiro, foi o único grupo pesquisado a registrar queda em março.
Os demais grupos ficaram entre 0,05% de Alimentação e bebidas e 0,50% de Comunicação.
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Em março, a gasolina foi destaque devido à reoneração dos combustíveis, que foi determinada pelo governo federal no final de fevereiro.
Anteriormente, os impostos federais haviam sido retirados da cobrança pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de controlar a inflação em um ano eleitoral.
No entanto, o governo atual, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), renovou parcialmente a desoneração por dois meses, a partir do dia 1º de março, com a incidência de R$ 0,47 por litro na gasolina e R$ 0,02 por litro no etanol.
Essa mudança teve um grande impacto nos resultados do mês de março.o IPCA revelou que a gasolina subiu 8,33% e o etanol teve um aumento de 3,20%.
No entanto, no acumulado de 12 meses, houve queda de 22,06% na gasolina e de 19,28% no etanol.
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Em março, houve um destaque nos setores de Saúde e habitação, com um aumento de 0,82%, e Habitação, com aumento de 0,57%. Entretanto, ambos tiveram uma desaceleração em relação a fevereiro.
O setor de Saúde foi impulsionado pelo reajuste nos planos de saúde, o que contribuiu para um aumento de 1,20%. Isso inclui as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023, segundo o IBGE.
No grupo de Habitação, a energia elétrica residencial foi o destaque, com um aumento de 2,23% em março e um peso de 0,09 ponto percentual no índice geral de preços.
É importante ressaltar que este aumento ocorreu mesmo com a bandeira verde da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em vigor desde 16 de abril de 2022, o que não adiciona custos às tarifas dos consumidores de energia com base no seu consumo mensal.
Anteriormente, as bandeiras tarifárias emergenciais em meio à crise energética tiveram um forte impacto no IPCA de 2021.
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